A Noite - Augusto dos Anjos - Cultura Brasil

               

Augusto dos Anjos  
   
20 aprile 1884, Cruz do Espírito Santo, Paraíba 
12 novembre 1914, Leopoldina, Minas Gerais 
  

I libri di Augusto dos Anjos sono acquistabili su: Amazon, laFeltrinelli.it eAbebooks.it
 


A Noite 
            
A nebulosidade ameaçadora 
Tolda o éter, mancha a gleba, agride
os rios 
E urde amplas teias de carvões
sombrios 
No ar que alacre e radiante, há
instantes, fora. 
A água transubstancia-se. A onda
estoura 
Na negridão do oceano e entre os
navios 
Troa bárbara zoada de ais bravios, 
Extraordinariamente atordoadora. 
À custódia do anímico registro 
A planetária escuridão se anexa... 
Somente, iguais a espiões que
acordam cedo, 
Ficam brilhando com fulgor
sinistro 
Dentro da treva onímoda e
complexa 
Os olhos fundos dos que estão
com medo!
  


Di Notte 
   
La nebulosità minacciosa

Oscura l’etere, macchia i campi,

aggredisce i fiumi 
E tesse grandi tele di scuri carboni 
Nell’aria che, a volte, allegra e

raggiante non è. 
L’acqua si trasforma. L’onda

rimbomba 
Nell’oscurità dell’oceano e tra

le navi 
Tuona un barbaro rumore di gemiti

bravi, 
Straordinariamente paurosi. 
La custodia del registro delle anime 
L’oscurità planetaria si riunisce…

Solamente, come spioni che si

svegliano presto, 
Brillano di sinistro fulgore

Nell’oscurità di ogni tipo e

complessa

Gli occhi profondi di

chi ha paura!

 Torna alla scheda dell’autore

 AUGUSTO DOS ANJOS

*traduzione non ufficiale

Pages