A Voz Do Silêncio - Martha Medeiros - Cultura Brasil

A Voz Do Silêncio - Martha Medeiros

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Martha Medeiros   

20 agosto 1961, Porto Alegre  

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La voce del silenzio

“Peggiore di una voce che ammutolisce, è un silenzio che parla!”

Semplice, rapido! E quanta forza!

Immediatamente mi giungono alla mente situazioni nelle quali il silenzio mi ha rivelato verità terribili, perchè lo sai, il silenzio non è dato all'amenità. Un telefono muto. Una e-mail che non arriva. Un incontro dove nessuno dei due apre bocca. Silenzi che parlano di questo disinteresse,
dimenticanza, rifiuti.
 
Quante cose sono dette durante la quiete, dopo una discussione. Il perdono non arriva, nè un bacio, nè una risata per mettere fine al clima di tensione. Solo lui rimane immutabile, il silenzio, l'anticamera della fine. E' mille volte preferibile una voce che dica cose che la gente non vorrebbe ascoltare, perchè almeno le parole pronunciate indicano un tentativo di comprensione.
Le corde vocali in funzionamento producono ragionamenti, espongono le loro lamentele, giocano pulito. Già il silenzio architetta piani che non sono condivisi. Quando nulla è detto, nulla è pattuito. Quante volte, in una discussione isterica ascoltiamo uno dei due gridare: "Dici qualcosa, ma non restare lì fermo a guardare!" E' il silenzio di uno, inviando cattive notizie
per la disperazione dell'altro.
 
E' chiaro che ci sono molte situazioni nelle quali il silenzio è il benvenuto. Per una persona che lavora con un martello pneumatico nella strada, il silenzio è un sollievo. Per la maestra d'asilo, il silenzio è un regalo. Per il servizio d'ordine ad un concerto rock, il silenzio è un sogno. Anche nell'amore, quando la relazione è solida e matura, il silenzio non disturba i due, perchè è silenzio di pace.
L'unico silenzio che disturba, è quello che parla. E parla a voce alta. E' quando nessuno bussa alla nostra porta, non ci sono e-mail in arrivo non ci sono messaggi nella segreteria telefonica e anche così, comprendi il messaggio.

A voz do silêncio

"Pior do que uma voz que cala, é um silêncio que fala!"

Simples, rápido! E quanta força!

Imediatamente me veio à cabeça situações em que o silêncio me disse verdades terríveis pois, você sabe, o silêncio não é dado a amenidades. Um telefone mudo. Um e-mail que não chega. Um encontro onde nenhum dos dois abre a boca. Silêncios que falam sobre desinteresse, esquecimento, recusas.

Quantas coisas são ditas na quietude, depois de uma discussão. O perdão não vem, nem um beijo, nem uma gargalhada para acabar com o clima de tensão. Só ele permanece imutável, o silêncio, a ante-sala do fim. É mil vezes preferível uma voz que diga coisas que a gente não quer ouvir, pois ao menos as palavras que são ditas indicam uma tentativa de entendimento.

Cordas vocais em funcionamento articulam argumentos, expõem suas queixas, jogam limpo. Já o silêncio arquiteta planos que não são compartilhados. Quando nada é dito, nada fica combinado. Quantas vezes, numa discussão histérica, ouvimos um dos dois gritar: "Diz alguma coisa, mas não fica aí parado me olhando!" É o silêncio de um mandando más notícias para o desespero do outro.

É claro que há muitas situações em que o silêncio é bem-vindo. Para um cara que trabalha com uma britadeira na rua, o silêncio é um bálsamo. Para a professora de uma creche, o silêncio é um presente. Para os seguranças de um show de rock, o silêncio é um sonho. Mesmo no amor, quando a relação é sólida e madura, o silêncio a dois não incomoda, pois é o silêncio da paz.

O único silêncio que perturba é aquele que fala. E fala alto. É quando ninguém bate à nossa porta, não há recados na secretária eletrônica e mesmo assim você entende a mensagem.

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 MARTHA MEDEIROS

*traduzione non ufficiale

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